Bancada do PT luta por justiça tributária

Senadores batalham para equilibrar as contas sem punir os mais pobres
Os parlamentares do PT passaram os últimos dias trabalhando para garantir um dos compromissos mais importantes do Governo do presidente Lula: colocar os pobres no Orçamento; e os ricos, no imposto de renda.
Em outras palavras, garantir a manutenção e ampliação de programas sociais que tiraram cerca de 14 milhões de pessoas da situação de insegurança alimentar e dos investimentos em educação, saúde, infraestrutura, por exemplo, sem penalizar quem já paga a maior parte dos impostos.
“Lula deixou claro que não iria tirar dinheiro da educação e da saúde, nem desvincular os benefícios da Previdência do valor do salário-mínimo. Para ajustar as contas públicas, ele editou decreto para que alguns paguem um pouquinho mais, menos até do que pagavam no governo anterior”, explica o líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Isenção para quem ganha até R$ 5 mil
As bancadas nas duas casas do Congresso estão mobilizadas para avançar, aprovando a autorização para quem ganha até R$ 5 mil. O objetivo do Governo é diminuir a cobrança de impostos sobre a renda do trabalho e sobre o consumo das famílias.
“Nós seremos o governo que menos cobrará impostos. A escolha é essa. Somos um dos países mais desiguais do mundo. É justo o trabalhador pagar até 27% de imposto e banqueiros e apostas não pagarem quase nada?”, questiona Randolfe.
A posição do Congresso que, na semana passada, derrubou o decreto do IOF, indica uma tentativa de importar a conta do ajuste fiscal aos mais pobres.
“É uma derrota da justiça tributária, onde quem pode pagar mais vai continuar com privilégios e contra os mais pobres que precisam de políticas públicas”, acrescenta a senadora Teresa Leitão (PT-PE).