Classe média entra no Minha Casa, Minha Vida

Nova faixa atenderá famílias com renda de até R$ 12 mil e permitirá financiamentos de até R$ 500 mil; meta é de 120 mil imóveis já neste ano
O governo federal lançou uma nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, agora voltada à classe média. A partir de maio, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil poderão financiar imóveis de até R$ 500 mil, com juros mais baixos, prazos de até 35 anos e condições facilitadas. O investimento será de R$ 30 bilhões — metade vinda do FGTS, metade de instituições financeiras.
A nova Faixa 4 permitirá a contratação de 120 mil unidades habitacionais já em 2025. A taxa de juros será de 10,5% ao ano, abaixo dos 11,49% praticados pelo Sistema de Poupança e Empréstimo (SBPE). Isso pode significar uma economia de até R$ 27 mil em um financiamento de R$ 200 mil ao longo de 30 anos. As parcelas iniciais também serão mais leves, com redução de até 6% em relação ao mercado. Cada ponto percentual a menos nos juros pode facilitar a inclusão de 250 mil novas famílias no programa.
Leia mais: Minha Casa, Minha Vida impulsiona recorde de vendas e lançamentos no mercado imobiliário
Revolução na habitação
Para Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a ampliação do Minha Casa, Minha Vida representa o fechamento de um ciclo virtuoso, ao incluir um segmento que antes estava fora do alcance da política habitacional. Ele acredita que o uso estratégico de recursos do pré-sal, somado ao FGTS, “pode gerar uma nova revolução na habitação brasileira”.
O crédito poderá ser usado para imóveis novos ou usados. Para os usados, o financiamento cobre até 80% do valor. Já para imóveis na planta, o financiamento poderá ser integral. O beneficiário não pode ser proprietário de outro imóvel. A Caixa Econômica Federal terá 20 dias, a partir da publicação no Diário Oficial, para operacionalizar a nova faixa